É Natal.
É natal, o mundo apodrece, mas ao que
parece não cheira mal.
Enfeitei uma árvore com muitas bolinhas,
redondas, branquinhas, de naftalina.
É bonito, é fino, e assim, o cheiro,
disfarça a malina.
De mãos estendidas, caídos de si,
carpindo estertores, em mil coreografias,
rendendo graças, vestindo horrores, aos
ricos bonzinhos.
É natal e eu faço um presépio.
Façam-me o obséquio, não lhe chamem
curral!
Ponho nele um menino,
bem pequerruchinho, contente e meiguinho.
Parece normal…
Assim, pequenino, posso torcer-lhe o
pepino,
já pouco importa que ele seja divino.
É a festa do pai natal,
da Popota, do burrinho, da vaca
e do raio que os parta.
É dia do senhor que nasceu nas palhinhas,
E que se destina a findar muito mal!
Mas deixem lá…. Afinal é natal…
Poesia de Bigorna
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