sexta-feira, 17 de abril de 2020


Aqui há gato...

Memphis na panela (foto de Inês)
Descobri, no caixote digital das minhas fotografias, esta preciosidade. Não, não é na Pedrulha, foi mesmo aqui em casa. E o acto do bichano foi voluntário. Juro!
Espraia-se, por aí, um mito urbano (bem concreto e definido) que lá, por um certo lugarejo, da doce Bairrada, se aprecia a opípara iguaria. E dizem, parece-me, que alguns já desdenharam, mas também choraram por mais.
Estou aqui a lembrar-me de uma menina, doce, me ter confidenciado, em tempos, um sonho de sua meninice que rezava sobre este mesmo assunto.
Durante a noite que antecipava um seu acampamento de escuteiros, talvez ansiosa pela aventura, diz ter sonhado que, chegada ao acampamento, ao abrir a mochila, o seu gatinho saiu alongado e contente, safado como qualquer gato matreiro, de dentro da dita mochila, onde tinha viajado clandestino, o mariola. A menina, no seu sonho, apenas se lembra de ter ouvido, alguns seus irmãos escuteiros (que desconfio fossem do tal lugar mítico e inexistente), exclamarem, esfregando as mãos e salivando:

- ehhhh… Trouxeram gato!

E… não, não sei se foi ela que acrescentou ou se fui eu a sonhar, pareceu-me, ter ouvido dizer que alguns se presentaram logo com aperitivos… aposto que eram línguas de gato.

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