segunda-feira, 3 de abril de 2023

 Tudo fogo de Vista (Nada de Novo)


Há um delicioso, como quase todos, poema de António Gedeão, intitulado “Poema do Homem Novo”

Que diz, sumariamente:

Niels Armstrong pôs os pés na Lua
e a Humanidade saudou nele
o Homem Novo.

(…)
Com redobrado alento avança mais um passo,
e a Humanidade inteira,
com o coração pequeno e ressequido,
viu, com os olhos que a terra há-de comer,
o Homem Novo espetar, no chão poeirento da Lua, a bandeira da sua Pátria,
exactamente como faria o Homem Velho.

 

As minhas vivências, que de tenra idade tive com a Católica Eclésia, sempre me levaram a tecer algum cuidado na avaliação da grande bondade, abertura e diferença deste Papa (de Bergoglio transformado em Francisco). Pois haveria a Santa Igreja de se enganar, quando o nomeou para sucessor de Pedro (mas também de Paulo), um homem inovador, progressista, revolucionário de ideias? Não. Esqueçam, acordem e sigam para antigamente, de novo.

Foi este pobre Papa internado, mui malato. Mas, logo que a comunicação dele se acercou, não tardou a passear-se pelo Hospital romano, distribuindo guloseimas e presentes às crianças (sob uma diagnosticada infecção respiratória e sem o uso de máscara, na ala oncológica da pediatria de um hospital de topo), e pasme-se. Aproveitando da absoluta e miserável escassez de Padres em Roma e, certamente da inação do Capelão daquele Hospital, zás. Baptizou um bebé, livrando-o das garras de Mephistófoles e do fogo dos infernos… Tudo sob a discreta presença das câmaras e dos holofotes, “… exactamente como faria o Homem Velho”.

E ainda há quem proponha o casamento dos padres… se assim suceder, só mudará uma coisa. Eles vão ter filhos e em vez de comclave Papal teremos, no futuro, sucessão dinástica como na Monarquia.

 

Vá. Agora destilem ódios, que o inferno espera-vos e o diabo não perdoa.

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