Tudo fogo de Vista (Nada de Novo)
Há um delicioso, como
quase todos, poema de António Gedeão, intitulado “Poema do Homem Novo”
Que diz, sumariamente:
Niels Armstrong pôs os pés na Lua
e a Humanidade saudou nele
o Homem Novo.
(…)
Com redobrado alento avança mais um passo,
e a Humanidade inteira,
com o coração pequeno e ressequido,
viu, com os olhos que a terra há-de comer,
o Homem Novo espetar, no chão poeirento da Lua, a bandeira da sua Pátria,
exactamente como faria o Homem Velho.
As minhas vivências, que de tenra idade
tive com a Católica Eclésia, sempre me levaram a tecer algum cuidado na
avaliação da grande bondade, abertura e diferença deste Papa (de Bergoglio transformado
em Francisco). Pois haveria a Santa Igreja de se enganar, quando o nomeou para
sucessor de Pedro (mas também de Paulo), um homem inovador, progressista,
revolucionário de ideias? Não. Esqueçam, acordem e sigam para antigamente, de
novo.
Foi este pobre Papa internado, mui malato.
Mas, logo que a comunicação dele se acercou, não tardou a passear-se pelo
Hospital romano, distribuindo guloseimas e presentes às crianças (sob uma
diagnosticada infecção respiratória e sem o uso de máscara, na ala oncológica
da pediatria de um hospital de topo), e pasme-se. Aproveitando da absoluta e
miserável escassez de Padres em Roma e, certamente da inação do Capelão daquele
Hospital, zás. Baptizou um bebé, livrando-o das garras de Mephistófoles e do
fogo dos infernos… Tudo sob a discreta presença das câmaras e dos holofotes, “…
exactamente como faria o Homem Velho”.
E ainda há quem proponha o casamento dos
padres… se assim suceder, só mudará uma coisa. Eles vão ter filhos e em vez de
comclave Papal teremos, no futuro, sucessão dinástica como na Monarquia.
Vá.
Agora destilem ódios, que o inferno espera-vos e o diabo não perdoa.
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