terça-feira, 8 de agosto de 2023

 Carta Aberta a Todas as Mães de Todos os Mundos


Sem rodeios, que o tempo é um vento veloz e faz da idade um animal intrepidamente voraz feroz.
Tu que tens a inimitável virtude de ser detentora de um átrium sagrado, onde toda a humanidade germina, sê fermento da luz que em cada pessoa, por teu útero se perpetua.
Rasga, com energia inequívoca e determinante, os mais aviltantes e redutores conceitos de virgindade. Todos, todos aqueles que possam ter o peso da matemática, dos relógios ou da matéria orgânica.
Que doravante possas gravar a quente e a sangue, em cada um dos teus filhos, em palavras de aquífera e indelével clareza:
Meu Filho, seja sempre em ti presente que, em todos e em cada novo momento que estejas com uma mulher, com a mesma mulher ou com qualquer outra mulher, ela é inquestionavelmente, inequivocamente, virgem.
Não reste, nem para ti nem para qualquer outro, dúvida de que a mulher, ao franquear a entrada não perde o direito à porta, e quem entra será sempre visita na qualidade incondicional de convidado.
Sê irrepreensivelmente delicado. Seja, para ti, o corpo, sempre virgem em cada visita, o templo mais sagrado da religião que mais te preencha o acreditar.
De hoje em diante, Mães de todos os mundos, que não existam mais mulheres que não sejam virgens nos olhos e no coração dos vossos filhos, por todas as vezes que elas lhes franqueiem a suas sagradas portas. Amen.
Bigorna (VIV6023VIII)
(Fotografia de Bigorna)

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