segunda-feira, 7 de novembro de 2022

 Anões


Na Arca, gasta pelo tempo e enevoada pelas lonjuras, das memórias da minha infância, encontro memórias dos livros onde os anões das florestas habitavam enigmáticos cogumelos.
Tropeçou o meu olhar nostálgico nos deste quadro e logo me veio à mente que, há poucos dias vi um gigante com a unha do dedo do pé grande repleta de cogumelos. Alguém lhes chamou fungos... O meu nariz fungou e, para mim, continuam a ser cogumelos.
Espanto me rebateu no fundo do poço das inquietações e logo me perguntei.
Quantos anões viverão em cada um de nós?

Gymnopilus junonius  (Fotografia de Bigorna)


Não fora a alegria de não estarmos sozinhos e tudo estaria bem. Mas, o problema é a baixa estatura moral de alguns deles... é triste.

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