segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Identidades


(Fotografia de Bigorna)

Direita e recta seria apenas um pau, sem história, sem futuro, sem passado… com pouco interesse, com estética improvável.

As tortuosidades, o outro lado da luz, a ausência de folhas e os ramos desgrenhados, conferem-lhe um passado, uma memória, a identidade de uma árvore.
Gosto de permanecer disforme, como um Quasimodo… A disformidade que me enforma confere-me identidade, confere-me Graça. E ter Graça é ter identidade, mais do que ser giro que é apenas ser redondo.





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