Fumam-se vontades de esfumar as liberdades.
A troada do rasgar das vestes de indignação estilhaça os céus vazios e só é disfarçável pelo troar da flatulência de quem bufa impropérios contra as ideias alheias, mesmo que de boa qualidade (as ideias).
Muita tinta, verbos e fumaça se tem atirado contra o intento de legislar contra o tabagismo a ad libitum. Crie-se uma cortina de vento, um muro de carvão… e se não houver outro, cave se um novo chão.
Está aberto o campeonato mundial de arremesso da ideia feita. Em breve será eleita modalidade olímpica. Vamos inventar quem acolhe a ideia mais nossa? (o que conta é a distância e o fel. A bondade e o resultado só servem para atrapalhar).
Os atletas do arremesso adestram a língua, medindo-a com “comentadeiros” treinados e teimosos. O importante, contudo, é perceber de que partido político ou de que governo é a ideia que arremesso ou contra-arremesso. Ideias próprias não são autorizadas na competição (era o que faltava!).
E talvez tenham razão. No tempo em que eu me alumiava com um candeeiro de petróleo e não tinha televisor em casa, nem energia eléctrica, os apresentadores de noticiários fumavam durante o “Telejornal” e davam uma baforada entre parágrafos que diziam (os mais novos julgarão que isto é só uma metáfora…).
Mantenha-se a coerência. É petróleo é petróleo. É fumaça é fumaça.
Agora, na TV ninguém ensina a malta a fumar com classe, é uma tristeza (há de ser bonito ver a decadência da indústria do tabaco. Irresponsáveis!)… E os hábitos da candeia a petróleo? perderam-se? (já nem de candeia se conseguem encontrar a coerência nem o Homem).
MODERNICES
Bigorna
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