O Trote das Trotinetas
Não somos melhores do que as
gerações que nos precedem, mas os que estão a chegar somente vêm de trotinete
eléctrica.
Convenhamos, o que estamos e
observar é um avanço significativo, mas no caminho do retrocesso.
Sob pretexto de sermos uma
civilização mais ecológica, menos poluidora do ambiente, menos ruidosa, menos
predadora, agora andamos a trote, não na “volúpia da escapada”, mas sobretudo
na “falácia engodada”.
É necessário perceber que a transição
energética das trotinetes não se processou do motor de combustão de carburante
para o motor de uso de baterias eléctricas. Esta transição processa-se do “à
pata” para o comodismo.
Onde, antes íamos a pé ou de
bicicleta ou dando impulsos, com uma trotinete convencional, agora estamos a ir
de trotineta eléctrica. Contentinhos, cantando e rindo, porque nos disseram que
toda a electricidade nasce nas montras dos distribuidores, como as frangas nuas
e sem penas nascem nas montras dos supermercados.
(mais uma tentativa, obscena, de desenhar) |
Estamos empalhados, é o que é.
Fica a minha sugestão:
Montem-se os comboios, os
autocarros e os aviões em trotinetas eléctricas.
Alimentemo-nos de risos e falácias
verdes.
Defequem-se larachas esotéricas.
Saciemos de pó e éter as nossas fomes
e sedes.
E, já agora, ensinem lá coisas importantes
aos miúdos. Se fazem favor. Obrigado
Sem comentários:
Enviar um comentário