Supositórios? Suponho que não…
Antes que me acusem de me armar aos cágados, vou confessar-me cagado.
Era eu um verde e imberbe novato nas artes de “enfernizar” a vida aos enfermos. Foi já no século passado. Aconteceu-me ter deixado um comprimido, no seu devido invólucro, na mesinha de cabeceira (do hospital), de um pobre velhinho, com a recomendação que o engolisse quando estivesse a tomar o seu pequeno almoço.
- Senhor enfermeiro. Senhor enfermeiro? Venha aqui, por favor.
- Diga, Senhor Sinfrósio.
- Era para lhe pedir, Senhor enfermeiro, que não me desse mais comprimidos daqueles. Ele fez-me bem… mas arranhou-me as goelas até chegar ao bucho… Parecia que tinha a casca mais dura que os “oitros”!
Calei a caixa e segui aprendendo… É por essas e por outras que não me dou ao luxo de “cagar postas de pescada”, tenho um certo receio de estr
agar o “ralo, com as espinhas....
agar o “ralo, com as espinhas....
Mas os meus erros nunca me fizeram perder a vontade de rir. Rir é um bom comprimido. Se fosse em supositórios eu não tomava, preferia viver sisudo.
Hoje, como tantas vezes, oiço coisas que denotam o quanto o nosso cérebro é brincalhão com as nossas ideias de engravatados do erro. E rio-me. Eu gosto de me rir de mim mesmo.
A Senhora Francisca (Xica prós amigos), estava a dizer a alguém:
- Estava com dores, mas fiz gelo, no joelho, e melhorei. Mais tarde fiz um supositório e a dor foi-se embora…
É estranho. Nunca me tinha ocorrido fazer gelo em alguma parte do corpo. Normalmente, lá em casa, o gelo é feito no congelador… Bem, eu conheço gente que, de tão fria que é, é bem capaz de fazer gelo na cabeça!
E os supositórios? Onde serão feitos os supositórios???
Pelo sim pelo não… NÃO!!!
Lembrei-me, agora, que o Ti Inácio da Quinta, um dia, se queixou de os supositórios serem difíceis de tomar – Agarram-se-me à placa dos dentes – Dizia ele!!!
Naaaaaa!!!!
Bigorna(VIII6023X)
(Desenhei o boneco, mas o gelo não fui eu que fiz!)
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